Uma forma simples, quase didática de se expressar, viajando por temas diversos do cotidiano.

sábado, 9 de abril de 2011

BALA ... DOCE BALADA!

BALA ..., DOCE BALADA!

Bala doce que desperta os sentidos; o amor; o sabor e embala a vida...

Bala azedinha, inocente, telepática,
viagem certa,
que arde a mente,
libera o hálito,
e o frescor na boca.

Aponta a seta, te acerta a seta...

Sobe neste momento um arrepio
de matar o desejo,
de ficar sozinho, esperando até o fim.
para quando chegar bem cedo,
começar a lamber meus medos
e sentir na boca
o gosto do teu veneno,
que arrebenta,
me estoura as forças,
e arrebata meus segredos,
brincando de beijos pequenos,
com estalos e sopros em meus ouvidos.

Chega uma suave brisa,
umedecendo
e refrescando o calor do meu corpo,
em um dos teus delicados desejos...
espouca a goma verde ,
que libera a libido,
que se arrasta por todos os sentidos...,
pequenos choques
nas pontas de meus pés molhados.

Preciso fugir,
revirando, busco no teu corpo indomável,
um remanso para descansar,
e respirando com dificuldade,
tento acordar...


e ainda zonzo
desse remédio eletrizante,
exalando um vapor sem cor
vejo as marcas soltas de teu amor,
anestesiando minha dor,
indo se esconder no final da tarde,
me vejo dividido
em um cinzento cruzamento,
tons, sons repicando,
procuro achar uma passagem,
tentando transpor o aço...
e como em uma mágica,
que derrete e escorre... bala forte!
rasga a sorte, arde e queima...
caldo de pimenta malagueta.

Para !...
fecha a porta e cicatriza logo esta ferida.
Abre um espaço na vida,
e devolve o tempo,
que espera a gente.

Chega !....
de baladas, ásperas,
estremecidas e exaustas...
que consomem toda força,
beira no abismo a minha alma...

Sem pressa e às claras,
sem forçar a barra.
Penso! .... não reajo... só viajo
no escuro,
tonto, procuro um túnel branco,
e me solto,
deixo-me levar com a aurora...
levitando no tempo,
longe das baladas... me distancio....crio asas,
o que me espera no corredor?,
com um certo temor do julgamento,
acordo...

Estava nesta viajem secreta...
cheguei aqui agora... aterrissei ... e me lembrei!
hoje é feriado!

Bom dia, mãe!... Me embala no teu colo.

Mãe!... Socorre teus filhos!

Nesta noite, espreita o perigo
Põe guarda na guarda da noite.
Vigia quem chega,
ao sopé da montanha,
para que nenhuma bala... das baladas ... me traga de volta...
para aquele imundo... mundo.

Chega primeiro...
protege a tua ninhada ... de jovens!
Como a lua vigia a noite...
e as estrelas com seu brilho intenso,
rastreiam o universo, desnudando a terra.

Não deixa os abutres se aproximarem...
na noite de minha inocência...
alma brasileira.

Autor/José Maria Pessanha- aprendiz das letras:10.04.2010

.... faço o que mais gosto: é falar das pessoas próximas do meu coração.
Pessanha
Publicado no Recanto das Letras em 16/04/2010
Código do texto: T2200325


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